Satanás: Arquétipo filosófico ou palhaço do Cristianismo?
- VOBISCUM

- 3 de mar. de 2020
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O verdadeiro Satanismo não tem nada a ver com sacrifícios humanos ou animais e nem com feitiçaria. Sua crença se baseia na ideia de que Satanás é um arquétipo (e não um ser) positivo. Seus ensinamentos também são baseados no individualismo, na autoindulgência e na moral da Lei de Talião, com influências dos rituais e cerimônias do ocultista Aleister Crowley e dos filósofos Friedrich Nietzsche e Ayn Rand. Empregando a terminologia de Crowley, os praticantes definem o Satanismo como o "Caminho da Mão Esquerda", religiosa e filosoficamente, rejeitando o tradicional "Caminho da Mão Direita" de religiões como o Cristianismo por sua percepção da negação da vida e ênfase na culpa e na abstinência. Em suma, o Satanista Real procura mostrar, por meio da Bíblia Satânica, o Satanismo como uma adoração do próprio eu.
O Satanista real não acredita no sobrenatural, nem em Deus e nem no Demônio. Para o Satanista, ele é seu próprio Deus. Satanás um símbolo do homem vivendo da forma como dita sua natureza carnal e magnífica. A realidade por trás de Satanás é simplesmente a força obscura e evolucionária da entropia que permeia toda a natureza e dá os meios para a sobrevivência e propagação inerente a todas as coisas vivas. Satanás não é uma entidade consciente a ser adorada, mas uma reserva de poder dentro de cada ser humano para ser tomada à vontade. Assim, qualquer conceito diferente é rejeitado como uma aberração cristã — no Satanismo não há divindades por quais se sacrificar. Satanás é citado como tendo aparecido na mitologia e na literatura pelo mundo como um trickster, um rebelde e uma figura procurando a destruição ou a escravidão do Homem. Figuras como o grego Prometeu são tidas como perfeito exemplo das qualidades de Satanás, o rebelde orgulhoso. Satanás é visto como um indivíduo poderoso que age não se importando com o que os outros possam dizer. Ainda, a palavra Satanás vem do hebraico "adversário" ou "acusador" (ha-satan). Assim, combinando a tradicional imagem de rebeldia associada a Satanás e outras divindades relacionadas, juntamente com o aspecto etimológico da palavra em si, os Satanistas clamam serem adversários do comportamento de massa que eles definem como comportamento de rebanho, vendo-o como um entrave à individualidade, criatividade e progresso.
Então se você acredita em Satanás como um ser místico com chifres e cheiro de enxofre (tal qual foi pintado pela Igreja Católica!) e que seu propósito aqui é o de degradar e\ou obedecer a raça humana por meio de sortilégios aqui não é o seu lugar...volte para o seu "conto de fadas" macabro e deixe de atrapalhar o desenvolvimento e evolução individual de quem realmente sabe o que procura...



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